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Archive for the ‘Uncategorized’ Category

Camarim

O vazio se foi

Foi embora de mim

No instante em que você chegou

A felicidade me abraçou

Tão bom ficar assim

Com você tão perto de mim

O medo de antes

Deu chance ao amor

Aquietou um coração

Ferido pela solidão

Me sinto leve

Me sinto sua

Me sinto tão bem ao teu lado

Uma explosão se fim

Naquela noite iluminada

Em que eu estava sentada

Sob a luz fraca do seu camarim

Tão rápido, eu sei que foi

Mas guardo o nosso momento

Tão dentro dos meus sonhos

Que você já faz parte de mim

O medo de antes

Deu chance ao amor

Aquietou um coração

Ferido pela solidão

Me sinto leve

Me sinto sua

Me sinto tão bem ao teu lado

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Tudo que você procura

Está escondido no olhar de outro alguém

Mas, em quem eu posso confiar?

Se nem eu mesma cumpro com o que

Eu mesma prometo?

O que fazer nessas horas?

Se abrir e receber uma ferida

Ou se fazer de vítima e ainda assim ficar sentida?

 

Por que esperar, se você pode se revelar?

Pra que não amar ou a menos se doar?

Qual é o propósito de ser sem escrupulos?

De não confiar em si mesma?

Quantos anos você realmente quer ter?

 

Um jeito de sorrir

Um jeito de agir, sem pensar

Um jeito de aceitar a tal da solidão

Um jeito de sorrir, sem demonstrar meu interior

Tudo está bom, ou pelo menos aparenta estar

 

A transformação está naquele pequeno pensamento

Que você acha inofensivo,

Mas ele precisa ser destruído.

A transformação está na maneira de cantar para a vida

De encará-la com mais dignidade, fé e amor próprio

 

Os sonhos são muitos

Simples, pequenos, mas todos possíveis.

Por que, então, se sabotar?

Desistir sem saber?

Eu não vou desistir de tentar

 

Até pareço aquelas depressivas de botequim

Que enxergam a felicidade numa roda de amigos

Mas nada vê de si mesma

Só aparenta ser algo que sonha em um dia ser

 

Sozinha é que eu me entrego a minha verdadeira versão

Aquela cheia de erros, de repetições e de tentativas frustadas

Sozinha é que eu conheço os meus pontos fracos

Aqueles que eu tento esquecer olhando para uma noite qualquer

 

As mesmas inseguranças, os meus erros e nenhum aprendizado

Talvez até tenha, mas é tão perfeccionista para admitir um passo à frente

Um vai e volta de interrogações e momentos tensos

Até quando vou me permitir uma martírio desses?

 

Então, qual é o meu propósito nessa vida?

 

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Amor vesgo

Naquela troca de olhares,

toda a timidez aflora.

Quero dizer tudo

E o nada é o que aparece

 

De canto, de frente, de pescoço torcido.

Quero dizer que estou na tua

Mas não quero parecer oferecida,

Mesmo querendo me oferecer.

 

Você me hipnotiza de um jeito estranho.

Tudo é consciente, estou ciente

de que pode ser uma cilada,

Mas eu quero me oferecer.

 

Há quem diga que

Nós devemos esperar o cortejo

Mas meus olhos querem

Ao mesmo tempo,

Observar e dizer algumas palavras.

E você sabe quais são.

 

Naquela troca de olhares,

Eu vejo seu íntimo,

Suas fotos de 2009

E sua ex-namorada.

 

Naquela troca de olhares,

As incertezas surgem arrebatadoras.

Como se ainda tivesse 15 anos

E nunca antes beijado.

 

Que tal sair de nossos campos de visão

E dar um sorriso tímido.

Ficamos no sensorial,

Mas já é um grande avanço social.

 

Vem me dizer olá,

Me chamar pra sair,

Pedir em casamento,

e morrer só depois das nossas bodas de ouro.

 

Talvez não só os olhares,

Mas as dúvidas sejam as mesmas.

Que tal sair de tantas incertezas

E partir para o simples…

“Gostei da sua tatuagem. Onde fez?”

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Sotaque Carioca

Vai, me diz o seu nome

Me diz a sua essência,

Me diz o teu ser.

Vai, que a manhã já foi embora

E a realidade  veio junto com ela.

Vai, me diz quem é você.

 

Se eu contasse, pensariam que era apenas um sonho

Mas você mostrou o caminho para a minha felicidade

Pena que eu ainda não sei o seu nome,

Só sei desse teu sotaque carioca.

 

 

 

 

vou deixar você guardado na memória, como um momento bom

Uma lembrança que sempre me faz sorrir.

 

 

 

 

 

Vai, me diz porquê não se identifica

Tem medo

 

 

 

 

 

 

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Por que não amar?

Ela está olhando pelo televisor. Ele está lá em baixo e sabe que de quem é aquele olhar eletrônico. Ela não quer amar. Ele está apaixonado. Ela observa e pensa que não pode seguir em frente. Ele está lembrando do primeiro momento em que se conheceram. Ela era fotógrafa. Ele era consumidor. Ela fotografou e ainda deu atenção. Ele não sabia de quem era aquele olhar eletrônico. Ela precisava de um alguém para conversar. Ele precisava esquecer o passado. Por que não amar?

Eles querem dar sentido novo na vida. Mas há insegurança. Por que não amar?

Amar é ter certeza de que uma nova história precisa ser escrita. Ela terá fim, um dia. Mas, por que não amar? Viver o momento agora e desfrutar de uma felicidade única?

Ela tinha medo. Ele também. Ela quer viver, mas algo a impede. Ele quer ficar ao seu lado. Ela quer, mas algo a impede. Ele não acredita e insisti no amor. Ela abre uma brecha e ele a faz feliz. Por que não amar? 

Simplesmente, não existe motivo. 

Ela merece escrever uma boa história. Ele merece escrever uma boa história. Essa história merece ser escrita. Ela aceita flores. Ele quer deitar na cama e dormir ao seu lado. Ela quer, mas algo a impede. Ele não acredita quando sabe. Ela tem leucemia. 

………………………………………………………………………………………………………………………

Ele insiste. Ela não retorna. Ele corre atrás, com todo o amor do mundo. Ela corresponde, mas não do jeito que um dia sonhou. Ele não liga e insiste. Ela não retorna por não poder falar. Ele insiste. Ela adoece. Ele insiste e consegue um olhar eletrônico. Ela é quem está por trás do olhar eletrônico. Ele não liga e liga de novo. Por que não amar?

Agora é a hora de viver um novo amor. De saber que pode contar com alguém. Por que se privar de algo tão celestial? Morte? Ela vai vencer. Mas lembre-se: a vida não concede tão facilmente a chance de se viver mais um pouco. Ele te deu a oportunidade de viver mais um pouco. Por que não amar? 

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Acho que o título “Diálogos em Crise”, que eu dei há séculos para esse blog, nunca fez tanto sentido. Ok, estou com 23 anos, pra lá de nova, com sonhos que muitos adultos amargurados acham no máximo “bobos”. Mas, ultimamente, me peguei com uma dorzinha no coração e alguns pensamentos na cabeça. Qual o sentido de se trocar uma vida legal, cheias de momentos felizes, por um “amadurecimento” necessário para se tornar uma adulta? Antes, até a saída da faculdade, eu era muuuuiiittto mais feliz do que sou hoje. Tenho dinheiro, tenho mais conhecimento, tenho mais maturidade. Mas, de que vale ser adulta, com isso tudo, se não me sinto feliz?  Nos gloriosos dias da minha faculdade, eu ria muito mais, não pensava no que os outros acham de mim e via felicidade em qualquer lugar. “Foda-se essa merda toda, vou pelada”. Tipo o meme da Cinderela se lixando na hora de escolher a roupa. Porém, nessa nova fase, todo dia é a mesma dorzinha no coração. Aquela sensação de impotência vai tomando conta da minha mente e me deixando mais adulta.

Thchran. Não, não quero ser o Peter Pan e viver na terra do nunca. Apenas quero evitar que o rancor, a amargura, a inveja, a cara de cu e muitos outros atrativos adultos tomem conta do meu ser. Fiquei pensando muito no limiar entre o ser adulta e o amadurecer. Pra mim, o primeiro é ser tudo de ruim, é deixar seus sonhos para trás e colocar uma máscara carrancuda todos os dias. Já o segundo é crescer, evoluir, prestar atenção ao novo, abrir os olhos, trocar a lente, expandir, melhorar, reciclar, criar, inventar, ser melhor. E detalhe: TUDO ISSO sem perder a própria essência. Vejo por mim mesma. Aos 23, chegou a hora de amadurecer, de encarar a vida de um outro jeito, novas responsabilidades e tal. Mas isso não quer dizer que vou precisar deixar de ser brincalhona,  de dizer bom dia, boa semana, que linda você está hoje e por aí vai. Putsgrilamermão: essa sou eu e pra que vou piorar? O slogan é só para melhorar, não é?

A crise está na oposição das mensagens. De um lado me vem “Você virou adulta e agora é hora de ter responsabilidades, mas também curtir”. Na contra mão, me aparece um ” Não deixe de ser você mesma”. Só eu percebi o quanto essas duas frases são destoantes? Como vou continuar sendo desse jeitin, se vou deixar de fazer uma piada idiota, mas que todo mundo ri? Como vou continuar mantendo o “jeito tãina de ser”, se vou ter vergonha de andar num carrossel só por que sou adulta e não é legal?

Aham…. senta lá, Cláudia!

Se for para colocar numa fraseauto-ajudaclichêmelhorimpossível seria: Vai, aguinha, vai! (brinks, mas quem viu esse video vai entender). Para mim, a crise esta em querer seguir uma essência que não nasceu comigo. A minha busca (e espero que seja a sua) pela felicidade é diária. Acordar, agradecer, sorrir do nada, cantarolar uma música, sonhar em estar num palco, me esforçar para fazer o meu melhor, tomar uma cerveja nova, manter a dieta, conseguir o contato de um artista, cantarolar (de novo) a mesma música, sentir vontade de me maquiar, dormir até mais tarde, de tarde, ver uma exposição, pensar no carinha que está longe, ler um bom texto no livro, fuçar na internet, acordar com um puta solzão na praia,  ver uma estrela cadente no céu estreladaço, comer um ovo frito da madrinha, fechar os olhos e rezar, ouvir aquela música foda na balada, andar de bike no parque, juntar grana para viajar pelo mundo, imaginar meu futuro marido, me conhecer a cada dia que passa, confiar no meu trabalho, escrever um poema, falar uma piadinha na hora do almoço, rever aquele amigo de anos, jogar conversa fora na rede da varanda, ser feliz todos os segundos da minha vida.. A busca da felicidade é baseada nos verbos de ação e não nos gêneros, qualidades, adjetivos e outras classes de palavras.

“Nós adultos precisamos renovar o estômago: colocar borboletas e retirar a gastrite”. Complemento a minha própria frase. ” Se não, vamos acabar ficando enfezados. Se é que você me entende!

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pra que um título?

Já tivemos uma história e ela teve um ponto final não muito bom. Precisaríamos voltar no tempo para reescrever. Não somos deuses e não somos cientistas. Bem, você é quase um. Mas não conseguimos desfazer o que já foi feito. Dei tudo que podia e acabei correndo de você. Você foi especial e, mesmo com outra pessoa, achei que faltava você. Quando disse que tinha para dizer, era isso. Mas não estou certa, não sei se é porque você está longe de mim e eu não vejo a situação do jeito que ela é. Não sei se te amo, preciso ser seletiva com o que eu quero da minha vida, não sei se não te amo. Simples assim.

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Meu diálogo realmente entrou em crise.

Daquelas bravas, de dar nó de cabeça.

Eu vivo em uma ilusão cheia de pensamentos

Cheia de sonhos acordados e cozinhados

Em uma falta de coragem insana.

 

Já paro e penso duas vezes.

Será que eu quero continuar nesse passo?

Lento e sonhador?

Não, hei de achar uma via mais rápida e segura

Não quero mais ser uma sonhadora de coisas reais.

 

A confiança é meu sonífero e meu despertador.

É ela que me traz de volta ao ano vigente.

É ela que me impede de declarar o meu amor por alguém

Que eu acredito, erroneamente, estar apaixonada.

Mas é ela que me falta para jogar tudo pro lado

E começar a ser o que eu realmente sou.

 

Quero viver de mim mesma

Ser alimentada pela minha criatividade desfocada

Quero ser livre para cantar, dançar, desfocar

Ser o que sou, mantendo o foco no que quero

Quero, quero, quero, mas não posso.

 

Um respiro fundo traz a tona o que eu não quero

Traz aquela preocupação adulta de engolir um sapo por minuto.

Por que crescemos tão covardes? Tão cheios de si, quer dizer, nada?

Precisamos renovar o estômago,

Colocar borboletas

E retirar a gastrite.

 

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Espelho

É dificil passar o tempo consigo mesma.

Quando se tem a imagem no espelho

Reflexo de algo que você tem medo.

 

A luz clareia a escuridão

Daquilo que não se quer observar

Observar para entender a solidão.

 

Os minutos se vão

E eu ainda me observo no espelho

E eu ainda me observo aqui.

 

O reflexo se esvai pelo canto do olho

E ilumina a retina

É ela quem forma a imagem do agora

Aquela imagem que já não me interesso

 

Será que sou espelho do que vejo?

Será que sou a verdade não observada?

Será que sou eu mesma?

 

Quero poder ser espelhada,

Duplicada em alma gêmea.

Quero meu reflexo traduzido no olhar alheio ao meu.

Quero ser a cópia, a original.

Unida a mim mesma por outra dimensão.

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Talvez

Talvez eu tenha medo de sonhar

De viver aquilo que acredito

Talvez eu tenha preguiça de andar

Pelo medo de correr e não chegar.

 

Talvez eu tenha medo de alguma coisa

Da qual nem sei do que se trata.

Talvez eu tenha medo de você

Mesmo sabendo que você não existe.

 

Talvez eu tenha medo de mim mesma

De quem eu gostaria de não ter

Sou feita de medos e acertos

Talvez, mas não tenho certeza.

 

De olhos fechados, eu tento seguir

Cobrindo meus olhos pra não me ferir

De braços abertos, eu tento fugir

Caindo no  velho conceito de não desistir.

 

Talvez eu tenha medo do escuro

Mesmo sabendo que ele não está lá

Talvez eu goste de ficar sozinha

Pelo fato de não ter  ninguém pra chorar
Talvez eu goste do que me tornei

Talvez não seja aquilo que sonhei

Talvez não seja nada daquilo

Que outrora um dia planejei

 

De olhos fechados, eu tento seguir

Cobrindo meus olhos pra não me ferir

De braços abertos, eu tento fugir

Caindo no conceito de não cair.

 

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